Presidente do Barça acredita que ex-santista não desempenhará papel de Ronaldinho. Segundo suas contas, argentino só sai por cerca de R$ 2 bilhões
Sandro Rosell entrará para a história do Barcelona como o homem responsável por contratar Ronaldinho Gaúcho e Neymar . Um já figura entre os maiores jogadores que já vestiram a camisa azul e grená. O outro, contratado recentemente, gera enorme expectativa. Mas não para o presidente do Barça. Em entrevista ao jornal "Sport", o dirigente espera do ex-santista um papel mais simples que o desempenhado pelo atacante do Atlético Mineiro em sua passagem pela equipe catalã entre 2003 e 2008.
- Ronaldinho ajudou a mudar a história do clube. Neymar não deve fazer isso. Ele deve ajudar a manter o atual. Tão difícil quanto chegar é se manter. Neymar precisa de tempo. Quando Ronaldinho chegou estavam Valdés, Puyol, Xavi e Iniesta. O que Ronaldinho fez foi pegar o talento que estava ali.
Para Rosell, Neymar não vai tirar o foco da idolatria gerada em torno de Messi . O argentino, inclusive, não deve se preocupar cum uma possível disputa por "poder", nem ter ciúme do brasileiro.
- Ele só pode ter ciúmes de si mesmo. Hoje Messi pode ajudar Neymar mais do que o contrário. Neymar pode ajudá-lo porque vai distrair as defesas, permitindo que Messi tenha menos um marcador em cima dele. Se tinha quatro, agora pode ter três.
O mandatário do Barcelona tem um carinho especial pelo camisa 10 a ponto de afirmar que qualquer jogador do elenco é negociável, exceto o melhor jogador do mundo na atualidade. Mesmo que Messi queira sair, os valores envolvidos são praticamente impossíveis de serem pagos, mesmo por magnatas russos ou sheiks árabes.
- Todos os jogadores que desejam sair, podem sair, todos menos Messi. Deveriam pagar 250 milhões de euros (R$ 758 milhões) para pagar a cláusula, mais 56% de impostos, o que daria uns 580 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) - disse Rosell.
O valor chegaria a 580 milhões de euros por causa dos impostos na Catalunha. Os 250 milhões de euros seriam apenas 44% do valor total que um clube teria que dar a Messi, já que o governo catalão recolheria 56% do dinheiro entregue ao jogador. Por exemplo: se Messi receber 250 milhões de euros, "apenas" 110 milhões de euros iriam para o seu bolso (140 milhões de euros seriam descontados). Porém, como lembrou Rosell, se um clube der 580 milhões de euros ao argentino, 324 milhões de euros iriam para o governo e os outros 255 milhões de euros poderiam ser usados para pagar a multa.