Neymar, um dia histórico a serviço da tropa de pernas de pau
Não tem mais bobo no bico da chuteira. É fato. Apenas neozelandeses mamão com açúcar, amadores e universitários, correndo de um lado para outro, ao som de ‘tchu tcha tcha’.
Em ritmo de dois toques, e com alguns reservas, os manos olímpicos chegaram à terceira vitória no grupo C e confirmaram a classificação às quartas de final na liderança do grupo C, com 100% de aproveitamento – no mata-mata das quartas de final, jogará contra Honduras.
A vitória tão suada sem nenhuma gotinha de suor na amarelinha desbotada ainda proporcionou ao moleque Neymar roubar a cena como popstar.
No segundo tempo, ele pôde saborear o disputadíssimo doce amargo que acompanha uma interminável tropa de pernas de pau. Sentiu de perto as emoções do ‘matador sem bala’ Deivid no voo cego do urubu.
Neymar recebeu na pequena área, com o gol mais aberto que folha de jornal em balcão de açougue, mas bateu de canela e a bola viajou à procura da tocha apagada. Ele reconheceu o gol de placa contra: “Foi o gol, mais perdido da minha carreira.”
Alex Sandro também cravou seu nome no estádio St.James’Park, em Newcastle: conseguiu levar um cartão vermelho no final da partida.
Pelo rolar da bola nos Jogos, dificilmente a carruagem da rainha vai virar abóbora e os manos olímpicos deixarão de colocar o inédito ouro no peito.
E aí cabe a pergunta: por méritos de uma equipe brilhante, inquestionável, ou por fraqueza dos adversários?
O ouro certamente será muito importante, mas também poderá jogar contra, com Mano & Cia bela dormindo em berço esplêndido e acreditando que o Brasil já tem um time de primeira para a Copa de 2014.
########
Pitacos da Sul-americana. Palmeirense Barcos navega bonito e afunda o Botafogo com dois balaços na Arena Barueri, para felicidade de 3.833 torcedores; capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni reencontra o gol (104º da carreira) e abre caminho para o São Paulo queimar o acarajé do Bahêa; caldeirão do Serra Dourada ferve com estreia internacional do Dragão do cerrado: 988 testemunhas assistem empate contra Figueira – Loco Abreu desencanta e marca seu primeiro gol pelo time catarinense; na piscina do Olímpico, Grêmio mergulha melhor e dá caldo no Coxa.
Sugismundo Freud. Quem come e guarda come duas vezes.
Cesta no cesto. Meninas do basquete brasileiro mantêm a regularidade e sofrem a terceira derrota consecutiva. Ficam em ótima posição na luta pelo ouro: precisam vencer o Canadá e a Grã-Bretanha. Classificação garantida, rumo ao mata-mata: que venha a seleção dos Estados Unidos! Bullying com a torcida.
Zapping. O treino dos manos olímpicos contra a Nova Zelândia garantiu a liderança da Record no ibope da grande Pauliceia bangue-bangue: 10 pontos, o dobro da audiência da plim-plim.
Maracutaia na peteca. As emoções do badminton ganharam mais um importante ingrediente nos Jogos: a marmelada. Oito atletas (quatro sul-coreanas, duas indonésias e duas chinesas) acertaram os ponteiros e, estando bom para todas as partes, vamos dividir o doce na próxima fase. Elas foram convidadas a se retirar pela federação internacional por não se empenhar e assim conseguir uma partida mais fácil na outra etapa do torneio.
Twitface. E o apoio da Patricia Amorim ao pancadão olímpico, hein? Depois dos ótimos resultados dos irmãos Hypolito na ginástica, por muito pouco Cesar Cielo não teve câimbras nos 100m livre. Saravá nos 50m, Cielito!
Gilete press. De Cláudio Cruz, da Raça Rubro-Negra, no lançamento da campanha ‘Fica, Patrícia, em Londres’: “O Flamengo vem enfrentando um momento de ebulição e a presidente viaja, alegando que está acompanhando os atletas do clube. O clube não tem time, não tem nada. E ela vai para longe. Que fique por lá. O clube já viveu altos e baixos em sua centenária história, mas nunca esteve numa situação tão caótica, humilhante.” Toca o sino: big... ben.
Tiro curto. Os anjinhos do MMA saíram da toca para alfinetar a turma de Londres. O peso leve Thiago Tavares criticou o desempenho dos brasileiros e saudou o UFC como a glória suprema: só o MMA honra o país. Um poeta.
Tititi d’Aline. Pela primeira vez na história olímpica, as mulheres disputam todas as modalidades. Outra vitória: EUA com mais mulheres (268) que homens (261). Mas os marmanjos ainda vencem na distribuição das medalhas: 162 a 132.
Você sabia que... as 4.700 medalhas que serão distribuídas em Londres devoraram oito mil quilos de ouro, prata e bronze?
Bola de ouro. Robenilson de Jesus. Esmurrou o russo Sergey Vodopiyanov, campeão do mundo, e ficou a uma vitória do bronze. Menção honrosa: seleção de handebol. Três jogos, três vitórias e classificação antecipada à segunda fase.
Bola de latão. Alex Sandro. Conseguiu a proeza de ser expulso no jogo ‘me-engana-que-eu-gosto’ contra a Nova Zelândia.
Bola de lixo. Uruguai. Depois da Espanha, a Celeste também resolveu brilhar no ferro-velho do futebol. A inveja mata. Menção honrosa: vôlei feminino. Depois de nove anos, voltou a levar uma cortada das sul-coreanas e está no bico do corvo olímpico.
Bola sete. “Enquanto houver amor, tesão, eu continuo. É como um namoro: enquanto estiver bom para todo mundo, vamos em frente” (de Bernardinho, sobre seu futuro na seleção – ternurinha).
Dúvida pertinente. Quem inventou Luis Tarallo para comandar a seleção feminina de basquete?
Em ritmo de dois toques, e com alguns reservas, os manos olímpicos chegaram à terceira vitória no grupo C e confirmaram a classificação às quartas de final na liderança do grupo C, com 100% de aproveitamento – no mata-mata das quartas de final, jogará contra Honduras.
A vitória tão suada sem nenhuma gotinha de suor na amarelinha desbotada ainda proporcionou ao moleque Neymar roubar a cena como popstar.
No segundo tempo, ele pôde saborear o disputadíssimo doce amargo que acompanha uma interminável tropa de pernas de pau. Sentiu de perto as emoções do ‘matador sem bala’ Deivid no voo cego do urubu.
Neymar recebeu na pequena área, com o gol mais aberto que folha de jornal em balcão de açougue, mas bateu de canela e a bola viajou à procura da tocha apagada. Ele reconheceu o gol de placa contra: “Foi o gol, mais perdido da minha carreira.”
Alex Sandro também cravou seu nome no estádio St.James’Park, em Newcastle: conseguiu levar um cartão vermelho no final da partida.
Pelo rolar da bola nos Jogos, dificilmente a carruagem da rainha vai virar abóbora e os manos olímpicos deixarão de colocar o inédito ouro no peito.
E aí cabe a pergunta: por méritos de uma equipe brilhante, inquestionável, ou por fraqueza dos adversários?
O ouro certamente será muito importante, mas também poderá jogar contra, com Mano & Cia bela dormindo em berço esplêndido e acreditando que o Brasil já tem um time de primeira para a Copa de 2014.
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Pitacos da Sul-americana. Palmeirense Barcos navega bonito e afunda o Botafogo com dois balaços na Arena Barueri, para felicidade de 3.833 torcedores; capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni reencontra o gol (104º da carreira) e abre caminho para o São Paulo queimar o acarajé do Bahêa; caldeirão do Serra Dourada ferve com estreia internacional do Dragão do cerrado: 988 testemunhas assistem empate contra Figueira – Loco Abreu desencanta e marca seu primeiro gol pelo time catarinense; na piscina do Olímpico, Grêmio mergulha melhor e dá caldo no Coxa.
Sugismundo Freud. Quem come e guarda come duas vezes.
Cesta no cesto. Meninas do basquete brasileiro mantêm a regularidade e sofrem a terceira derrota consecutiva. Ficam em ótima posição na luta pelo ouro: precisam vencer o Canadá e a Grã-Bretanha. Classificação garantida, rumo ao mata-mata: que venha a seleção dos Estados Unidos! Bullying com a torcida.
Zapping. O treino dos manos olímpicos contra a Nova Zelândia garantiu a liderança da Record no ibope da grande Pauliceia bangue-bangue: 10 pontos, o dobro da audiência da plim-plim.
Maracutaia na peteca. As emoções do badminton ganharam mais um importante ingrediente nos Jogos: a marmelada. Oito atletas (quatro sul-coreanas, duas indonésias e duas chinesas) acertaram os ponteiros e, estando bom para todas as partes, vamos dividir o doce na próxima fase. Elas foram convidadas a se retirar pela federação internacional por não se empenhar e assim conseguir uma partida mais fácil na outra etapa do torneio.
Twitface. E o apoio da Patricia Amorim ao pancadão olímpico, hein? Depois dos ótimos resultados dos irmãos Hypolito na ginástica, por muito pouco Cesar Cielo não teve câimbras nos 100m livre. Saravá nos 50m, Cielito!
Gilete press. De Cláudio Cruz, da Raça Rubro-Negra, no lançamento da campanha ‘Fica, Patrícia, em Londres’: “O Flamengo vem enfrentando um momento de ebulição e a presidente viaja, alegando que está acompanhando os atletas do clube. O clube não tem time, não tem nada. E ela vai para longe. Que fique por lá. O clube já viveu altos e baixos em sua centenária história, mas nunca esteve numa situação tão caótica, humilhante.” Toca o sino: big... ben.
Tiro curto. Os anjinhos do MMA saíram da toca para alfinetar a turma de Londres. O peso leve Thiago Tavares criticou o desempenho dos brasileiros e saudou o UFC como a glória suprema: só o MMA honra o país. Um poeta.
Tititi d’Aline. Pela primeira vez na história olímpica, as mulheres disputam todas as modalidades. Outra vitória: EUA com mais mulheres (268) que homens (261). Mas os marmanjos ainda vencem na distribuição das medalhas: 162 a 132.
Você sabia que... as 4.700 medalhas que serão distribuídas em Londres devoraram oito mil quilos de ouro, prata e bronze?
Bola de ouro. Robenilson de Jesus. Esmurrou o russo Sergey Vodopiyanov, campeão do mundo, e ficou a uma vitória do bronze. Menção honrosa: seleção de handebol. Três jogos, três vitórias e classificação antecipada à segunda fase.
Bola de latão. Alex Sandro. Conseguiu a proeza de ser expulso no jogo ‘me-engana-que-eu-gosto’ contra a Nova Zelândia.
Bola de lixo. Uruguai. Depois da Espanha, a Celeste também resolveu brilhar no ferro-velho do futebol. A inveja mata. Menção honrosa: vôlei feminino. Depois de nove anos, voltou a levar uma cortada das sul-coreanas e está no bico do corvo olímpico.
Bola sete. “Enquanto houver amor, tesão, eu continuo. É como um namoro: enquanto estiver bom para todo mundo, vamos em frente” (de Bernardinho, sobre seu futuro na seleção – ternurinha).
Dúvida pertinente. Quem inventou Luis Tarallo para comandar a seleção feminina de basquete?
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