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Tuesday, April 9, 2013

Domingo à tarde de Verdão e Timão


A tarde de domingo foi de Corinthians e Palmeiras. Mais do Verdão, convenhamos, que visitou o Moisés Lucarelli embalado pela vitória sobre o Tigre, na Libertadores, fez 2 a 1, quebrando a longa invencibilidade da Macaca, e firmou posição no mata-mata do Paulistão.
E o principal: não foi assim, por acaso, não. Jogou bem, com muita determinação, dominou a Ponte o tempo todo e criou as melhores oportunidades para, ainda por cima, ampliar o placar.
Já o Timão, num Pacaembu em festa, enfrentou algumas dificuldades para bater o São Bernardo por 2 a 0. Sofreu duas bolas nos postes, perdeu um pênalti, cobrado por Guerrero e defendido por Wilson Jr., e só foi definir o resultado no finzinho, com o mesmo Guerrero.
O pior, porém, foi perder seus dois laterais-esquerdos, titular e reserva — Fábio Santos e Guilherme Andrade — por contusão. No entanto, há que se descontar o fato de o Timão ter jogado com praticamente todos os seus reservas.
De resto, é saber que tudo isso pouco vale nesta fórmula cretina de disputa do Paulistão, pois o campeonato, mesmo, só começa daqui a duas rodadas.
O corneta e o cartola/ Simplesmente deplorável o discurso do cartola-mor do São Paulo, depois da derrota para o Strongest, nas alturas de La Paz, no meio de semana. Numa fala derrotista, quando ainda há um fiapo de esperança de classificação de seu time na Libertadores, disse o que a maioria da torcida quer ouvir — faltou garra aos jogadores.
Populista e irresponsável, como tem sido sua administração desastrosa à frente do Tricolor, Juvenal mente. Quem viu o jogo sabe perfeitamente que faltou sorte e pontaria ao ataque tricolor, não garra, pois o time dominou o adversário, apesar da falta de ar, até o fim, criou as melhores chances para marcar e sofreu um gol fatal em falha de seu principal jogador, o goleiro Rogério Ceni.
Na verdade, o que tem faltado ao São Paulo é uma diretoria ajuizada e competente, justamente a contrafação dessa, que, entre tantos desmandos, vem implacavelmente destruindo um centro de excelência, assim reconhecido no mundo inteiro, na área da fisiologia e fisioterapia. Começou com a dispensa do professor Turíbio e termina com a demissão de Luiz Rosan, esta semana, passando por Carlinhos Neves, um dos responsáveis pelo Galo estar voando alto desde 2012.
O menino e a corneta/ Neymar é isso, é aquilo... E tome gol de Neymar — arrancou pela esquerda, tabelou com Ronaldinho, puxou a bola com a face externa do pé, à altura do calcanhar, e tocou na saída do goleiro, dois movimentos num só.
Neymar é cai-cai, não joga na seleção como no Santos, exagera nos dribles, precisa ser mais objetivo... E tome gol de Neymar —  cruzamento da direita de Jadson e eis o garoto diante das redes vazias feito um centroavante de ofício.
Pouco antes, Neymar limpara dois zagueiros e metera a bola no pé do poste direito. Resumo da ópera: 3 a 0 para o Brasil sobre a Bolívia, no primeiro tempo.

No segundo, sem o craque santista, foi a pobreza de sempre, apesar dos esforços de Osvaldo, na estreia do atacante pela seleção, quebrada por outro estreante, o menino Leandro, do Palmeiras, que selou o placar, já no finzinho, em boa trama construída por Paulinho, Pato e Osvaldo.

Ah, sim, ia me esquecendo do gol de abertura, de Damião, concluindo cruzamento de Jean, em troca esperta de bola entre Ronaldinho e Jadson.

E lembro desse gol para falar de Jean e Ronaldinho, dois que começam a timbrar seus nomes na nova seleção de Felipão. Assim como Réver, um zagueiraço.
Na linha do golO Bayern de Munique, ao derrotar sábado o Eintracht Frankfurt por 1 a 0, golaço de Schweinsteiger, de calcanhar, em jogada bem combinada por Robben e Lahm, levantou a taça alemã com antecedência recorde na história do futebol germânico – seis rodadas.
E olha que praticando  um futebol bonito de se ver. Ofensivo, inteligente, coletivo, embora duas de suas estrelas sejam artistas da bola daqueles de causarem inveja aos brasileiros e argentinos. Falo de Robben e Ribéry, claro. Mas destaco um detalhe: o Bayern joga com apenas um volante típico (Luiz Gustavo ou Javi Martínez), pois Schweinsteiger, o cérebro da equipe, era um meia que recuou para a armação. Ou, como querem os bitolados, segundo volante. Isso, sem abrir mão dos avanços de seus laterais e da presença de três atacantes de fato.
Sem Messi, mas com Fábregas endiabrado, autor de três gols, o Barça massacrou o Mallorca, no Camp Nou, por 5 a 0, num jogo tocante pela volta de Abidal aos campos de futebol depois de ter se submetido a um transplante de fígado. Messi é o maior do mundo, sem dúvida, mas o Barça também encanta, com ou sem o genial argentino, seguido de perto pelo Bayern.
E o Real, de Cristiano Ronaldo (foto) e de elenco tão milionário, sob a direção do badaladíssimo técnico José Mourinho? Bem, o Real só conseguiu disparar a goleada por 5 a 1 sobre o Levante depois que Cristiano Ronaldo e Ozil saíram do banco, no segundo tempo. E Kaká, até então, estava lá. Jogou bem, fez um gol de pênalti, mas não decidiu.
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